segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Páscoa em Bagé 2003

Buenas, atendendo apedidos...Foi assim, saímos de Porto Alegre eu a Carol as 19h de quinta-feira em direção a Pelotas para pernoite na casa do Mika e da Roberta. Fizemos uma viagem tranquila onde pude sentir pela primeira vez o J na estrada e comosão suas reações em ultrapassagens e freadas. Chegamos a nosso destino por volta das 22h e fomos jantar um crepe delicioso e tomar uma cerveja acompanhados de nossos anfitriões. Depois de muito papo e comilança era hora de dormir para encarar a estrada novamente no dia seguinte.Na sexta feira santa acordamos cedo e começamos a nos preparar para seguir em direção a Bagé. Lá ficaríamos hospedados na fazenda da família da Roberta. Apesar de levantarmos cedo, saímos apenas por volta das 10h dePelotas, eu e a Carol no J e o Mika e a Roberta de Pálio. Chegamos na Fazenda já perto do almoço de Páscoa depois de 9 km de estrada de terra com muita erosão e lama que judiaram bastante do Palio e exigiram perícia de sua pilota Roberta. a recompensa pelo esforço foi o almoço que teve muito bacalhau, saladas e filés de peixe a milanesa. Depois do almoço farto começamos enfim nossas atividades off road!Com os quatro viajantes no J, pegamos a estrada mais uma vez seguindo em direção ao Rincão do Inferno, um vale rochoso do rio Camaquã que se assemelha muito a um canion. Depois de 70 km de asfalto chegamos a umcaminho de terra de uns 15 a 20 km. A estrada estava bem ruim, com erosões e levava até a porteira de um corredor de servidão que atravessava várias fazendas. Entramos pela porteira e iniciamos nossa trilha pelos campos das fazendas. Paisagens belíssimas nos levaram por caminhos com muitas subidas, descidas e barro. Depois de andar bastante por este corredor chegamos a última porteira que estava trancada. Ali teríamos que deixar o J e seguir a pé até a margem do Rio Camaquã. Fizemos uma caminhada de 20 minutos por caminhos estreitos no mato e pedras gigantescas até chegar a casa de Dona Onélia e seu Aracébio. A história dos dois e porque eles vivem la é muito interessante, mas isso eu deixo pro Mika contar, pois ele sabe mais detalhes.Bem, o Aracébio nos mostrou um caminho fácil para descer até o leito o rio a partir de onde estávamos e lá fomos nós acompanhados pelos cães da propriedade. Depois de mais uns 10 minutos descendo pelas pedras ingremes e pelo meio do mato chegamos ao leito do rio. O volume de água era muito grande, formando grandes corredeiras e uma paisagem belíssima emoldurada por paredões de pedras com coqueiros e mato, não muito comuns aqui pelo sul. A expectativa de banho no rio ficou frustrada por causa do volume excessivo deágua mas o Mika deu um jeito de achar uma cascatinha entre as pedras e se refrescar, enquanto as gurias ficaram descansando numa pedra na beira d´agua e eu explorava as trilhas que seguiam pela margem do rio. Comemos algumas coisinhas, bebemos água e começamos a caminhada de retorno. A Roberta fez manha e dizia que não iria conseguir subir tudo aquilo de volta e o Mika teve que usar a reduzida pra empurrá-la morro acima!Chegamos novamente a casa de nossos conhecidos e nos refrescamos com água fresca do poço. O sol já deitava atrás das pedras e a luz estava diminuindo preocupando a roberta quanto ao caminho de volta pelo mato. Mas nossos anfitriões iriam seguir o mesmo caminho e se ofereceram como guias. Foi fundamental! A noite caiu rápido e nada como conhecer a região para evitar se perder no mato escuro e nas pedras todas parecidas. Chegamos ao j novamente e nos preparamos para o longo caminho de volta. Liguei o GPS e seguimos pela escuridão da noite que só era quebrada pela luz da lua cheia. Alguns animais silvestres como preás e lebres acompanhavam nosso caminho fazendo as vezes aquelas cenas de desenho animado onde o bichinho corredesesperadamente na frente do perigo sem desviar a rota para o lado. Nos divertiamos. A volta foi tranquila necessitando algumas olhadelas no GPS para confirmar onde dobrar e por onde seguir. Muito gado no caminho do jipe fazia-nos parar até que os animais resolvessem dar licença de passagem.Chegamos já tarde de volta a fazenda onde o Mika fez uma rápida instalação do chuveiro elétrico para tomarmos um relaxante banho. Depois disso foi só jantar, tomar um copo de vinho e dormir sem perder tempo pois o cansaço era grande!

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