segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Vale da Lua RJ 2001

ALLmigos,

Como a maioria já sabia, o Luciano Duarte, membro (ops) do conselho do Niva Clube do Rio Grande do Sul esteve aqui no Rio de Janeiro, curtindo suas férias ao lado da Carol. Coube a nós, colegas de Niva Clubes, a árdua tarefa (hehehehe) de rebocá-los para conhecer ao menos uma trilha da nossa região, para que o Luciano não voltasse para o sul com alguma impressão ruim dos colegas fluminenses... Como qq coisa é motivo pra fazer trilha, não poderia ter sido diferente :-)

Pois bem, escolhemos o Vale da Lua em Teresópolis, pela proximidade, pela beleza da região e pela possibilidade de diversão sem risco. Claro que temos trilhas por aqui aonde normalmente se gastam várias horas para serem vencidas, ou talvez mais de um dia. Mas não era esse o espírito da programação... queríamos uma trilha legal, com diversos graus de dificuldade, mas sem ter que passar por algum "perrengue".

No sábado, logo bem cedinho, o Flávio Holanda passou lá em casa, pois eu fui de zequinha cinegrafista com ele, e fomos até a Vila Militar em Deodoro buscar o Luciano e a Carol. Entrando na Vila Militar ouvíamos os guardinhas apitando o tempo todo, pelo menos um em cada quarteirão. Como ninguém sabe o que quer dizer "Pipipi Pipipíííííií" ou ainda "Pííííííií", nos baseamos na fisionomia dos guardas para tentar entender o que estava acontecendo. Depois o Luciano nos disse que dentro da Vila Militar não se pode passar dos 40 Km/h. Bem, a gente estava à 50 ou 60, sei lá... Enfim... Da Vila fomos encontrar o resto do pessoal. O Paulo Andrade e o Bahjat no Alemão da Washington Luis e o Ronny e o Jota com sua trupe em Parada Modelo. Fomos então em 3 Nivas e dois Samurais para o Vale. A idéia era fazer o caminho tradicional, mas o Jota botou pilha para a gente fazer no sentido inverso, ou seja, subindo o Vale. Pensei comigo: "Demorou"...

Logo na entrada (a saída, se fosse no sentido tradicional) encontramos o terreno bem escavado pelas últimas chuvas e escorregadio, já que brota água pelo chão vindo provavelmente de algum vazamento do reservatório que tem no meio do início da subida.

Haviam valas enormes, daquelas que se o carro cair daria muito trabalho para sair, pelo lado esquerdo e o conhecido penhasco do lado direito. A única passagem é estreita, colocando a roda direita na beira do penhasco e a esquerda pertinho da vala. Como se não bastasse isso, o lado direito é mais elevado, o que faz com que o carro tenha que passar bem inclinado lateralmente, ameaçando ser puxado para a vala, ainda mais porque o terreno estava escorregadio. Durante a subida do Vale encontramos diversas situações semelhantes. O piso nesta região cede muito facilmente com as chuvas, portanto sempre teremos valas enormes, pequenas erosões e degraus. Numa das valas molhadas o Niva do Flávio, que vinha à frente do comboio comigo de zequinha, acabou caindo. Como o pneu dele é aquele baixinho original de asfalto, o carro não conseguia sair sozinho. Depois de muita tentativa, por diversos ângulos, chegamos a conclusão de que o carro dele não conseguiria subir do jeito que o terreno estava. A Vala era realmente funda, enlameada, e cobria toda a largura da pista. sem alternativa, pegamos a enxada e começamos a trabalhar o terreno. Cerca de 20 minutos depois, de um para-barro torcido e algumas batidas com o estribo no chão, o Niva do Flávio conseguiu subir. Depois dele veio o Jota com os Renegado calçado nos Guyane 215 e com o terreno aplainado. Não teve nem graça. Depois o Bahjat, talvez com medo de ficar na vala-lama que restou, acelerando tudo que tinha direito. Em meio à correria pra sair da frente dele e aos gritos de "Caaaaaaaaalma Braçããããããão", passou lotado por nós indo parar de frente pro barranco cerca de 20 metros depois da vala. Atrás dele veio o Ronny, com pneus originais, porém elegante e cuidadoso... passou sem maiores problemas, inaugurando a trilha que acabaria de vez com o apelido de Samurai 3x4. Por fim, o Paulo Andrade re-inaugurando o Riva. Entrou de mal jeito, mas corrigiu à tempo.

Continuamos subindo, passando por outras valas, até chegar naquele grande barranco, na verdade o portal de entrada do Vale da Lua (ou saída, dependendo de onde se vem). A subida pelo barranco requer atenção, pois ele é íngrime e bem erodido. Pra quem não tem costume com trilhas, a impressão é de que é impossível subir ali. "Esses caras são loucos". "Meu carro não sobe aí". São duas frases que a gente sempre escuta dos novatos. O Flávio Holanda estava com cara de dúvida, mas a gente orientou direitinho a posição do carro em relação ao barranco, de modo que a abordagem fosse precisa. Daí só bastou acelerar na medida certa e tomando cuidado pro carro não desgarrar pra vala. Num piscar de olhos, já estava lá em cima com sorriso de alívio e dizendo "É muito mais fácil do que parece". Sobe o Renegado com segurança de veterano tendo à bordo a Nanah e as filhas do casal Carol e Juju sentadas nas cadeirinhas gritando "De Noooooooooovo"... Vem o Bahjat com o Luciano no banco do carona. Acelerou, mas entrou errado. Bateu no barranco e perdeu a polaina esquerda. Segunda tentativa, corrigiu a rota e subiu. O Ronny mandou bem e rapidinho já estava lá no alto. As meninas, Carol, Adriana e Fernanda subiram à pé. E por fim, o Paulo Andrade. Encheu o motor e se jogou no Barranco. Ainda deu tempo do ouvir o pessoal gritando "Caaaaaaaalma"... Lembrei da cena de quando eu voei com o carro e quebrei o diferencial dianteiro. Sorte que ele abortou à tempo. Segunda tentativa, agora acelerou pouco e teve que voltar pelo barranco de ré. Aí eu expliquei: Nem muito rápido e nem muito devagar. Pega as duas velocidades, soma, tira a raiz, corte em cima, corta em baixo, põe o x em evidência e eleva ao quadrado. Entendeu? Tem que ser na manha, não na porrada... Acho que ele entendeu, hehehehe... Terceira tentativa e pronto, já estava no alto do barranco com segurança.

Começa o Vale da Lua, propriamente dito. Fizemos o laço tradicional, começando pelas erosões, curvas fechadas e inclinações laterais, descendo pelos arbustos até a pista lá embaixo, contornando e voltando a subir pelos barrancos menores do outro lado e pegando a sequencia de degraus, sempre subindo. Saímos na entrada do platô central do Vale, mas orientei o comboio a seguir pelo outro caminho. A idéia é deixar o Platô para o final, depois do U. Portanto, descemos pela enquerda seguindo pela pincipal e contornando o vale pela parte baixa em direção ao "subidão da torre de energia". No caminho, a gente passa por um ladeirão que sinceramente é impossível enfrentar. Sempre a gente olha, pensa e chega à conclusão que não dá. A gente nem pára mais pra olhar. Seguindo em frente, terminamos de contornar o Vale e chegamos no subidão que leva até a torre de energia, o ponto mais alto do Vale. À primeira vista, assusta. É uma subida íngrime, longa, de terra solta e com valas ao longo do caminho. Mas dessa vez estava mais ou menos tranquilo. Bem, íngrime e longo, sempre é. Terra solta, também. Só que desta vez, as valas que existem durante a subida não ofereciam maiores riscos. Nessas condições, primeira reduzida, pé firme e auto-segurança são mais do que suficientes para se chegar ao topo sem maiores surpresas. O Ronny, entretanto, demorou pra subir. Pelo rádio, ele avisou que parou no meio do caminho, logo depois da subida e pouco antes de chegar à torre, para esperar "as meninas" que vinham à pé... Pô, sacanagem, fazer as mulheres subirem à pé. Segundo o Ronny, elas é que quiseram assim pois saltaram do carro antes do subidão para tirar fotos. Sei... :-)

Pausa para fotos no ponto mais alto do Vale da Lua, e para admirar a vista panorâmica de toda a região, com o Dedo de Deus ao fundo. Seguimos o caminho descendo pelo outro lado da torre, indo em direção ao U. Nessa altura, alguns motoqueiros se faziam presentes. De longe já dava pra vê-los brincando no U, descendo por um lado e voando na saída, em saltos que faziam o carro sair mais de metro do chão. São duas descidas e duas subidas. A descida da esquerda é sempre íngrime e muito erodida. Portanto muito perigosa, pois qualquer descuido o carro tombará na descida. O Jota foi o primeiro a encarar o U e, naturalmente, desceu pela esquerda com a Nanah fechando os olhos e as crianças fazendo festa no banco de trás. Apontou, desceu, escorregou, corrigiu, chegou lá embaixo. Aproveitando o embalo, apontou pra subida e acelerou. Com eficiência, chegou ao topo do outro lado ganhando o platô do Vale. Como é de praxe, pra quem vence o U, começou a correr pelo platô dando cavalos de pau e levantando a poeira pra todos os lados. Não satisfeito, desceu por onde subiu e subiu agora pelo outro lado, à nossa direita, aonde normalmente os menos malucos descem. E as crianças gritando "De Noooooooooovo"... e que, sem dúvida, foram prontamente atendidas :-)

Após um longo período de convencimento, os demais foram descendo o U, mas pelo lado direito que é tão o mais íngrime que o esquerdo, porém sem erosões. Eu e o Flávio fomos os primeiros à descer, após o Jota. Como descemos pelo lado direito, ao chegar lá embaixo preferimos manobrar para subir pela direita, já que a subida da esquerda, que fica na reta de quem desce pela direita (visto do alto, é como se fosse um X) é racionalmente impossível de vencer. Apontamos o carro e olhamos pra cima. Visto de baixo, é realmente assustador. A subida é um paredão, que tem tranquilamente mais de 50 graus. A impressão que dá, é de ser reto. O Flávio virou pra mim e perguntou: "E se o carro não subir?". Aí eu disse: "Faz o possível pra descer reto em marcha à ré e seja o que Deus quiser". A cara de ambos era de preocupação. O Flávio acelerou, tocamos o barranco, as duas rodas dianteiras deixaram o solo ligeiramente, o carro quicou, ganhou tração e começou a subir. Não sei se é possível explicar a sensação, mas é algo como uma montanha russa começando um looping. A gente não vê nada, apenas o céu à nossa frente. É tudo muito rápido, não dá pra pensar direito. Quando a gente chega ao platô central no topo, na saída do U, é que a gente começa a entender o por que da correria e dos cavalos de pau que todo mundo faz. A vontade é de gritar, pisar fundo e sair pro abraço, como se fosse um gol marcado aos 45 minutos do segundo tempo em uma decisão de campeonato. Toda aquela tensão e o medo do sobe não sobe é extravasado! De carona vai o chefe, a sogra, o cheque especial e toda a apurrinhação da semana que passou! Ufa! Que sensação gostooooooosa, hehehehe... Depois veio o Bahjat com o Luciano à bordo e em seguida o Ronny, subindo o U no Samuraizinho brilhando, com duas zequinhas à bordo, enterrando de vez o apelido de Samurai 3x4. O único que não faz o U foi o Paulo Andrade, temendo falta de potência por causa da suspeita da má qualidade da gasolina no posto aonde abasteceu antes da trilha. O Riva ficou triste... mas tudo bem, outras oportunidades virão, só precisa o Paulo Andrade escolher bem a bomba de gasolina para vencer o U com segurança :-)

Todos no Platô, mais algumas fotos e termina a nossa trilha propriamente dita. Atrás do platô tem ainda uma outra descidona, seguida de outra>subidona, mais ou menos no estilo do U, só que muito mais longas e com uma curva no final da subida! Realmente, coisa de maluco. Eu, o Jota e o Luciano descemos à pé. Quer dizer, praticamente rolamos ribanceira abaixo, já que era dificílimo ficar de pé. Lá embaixo, olhando pra cima, era como se fossem 3 Us para subir. E com erosão no meio. Vala também. E com o sol na cara. E uma curva depois. E penhasco do lado. Enfim, deixa pra outro dia, hehehehe... Ficamos curtindo os motoqueiros nesse subidão e alguns deles não conseguiam chegar ao topo com facilidade. Sei lá, isso é cachorro louco demais pro meu gosto, hehehehe... Dennis, Vicente, Rodrigo... Se estão lendo até esse ponto, saibam que nossas esperanças são vocês, hehehehe... eu to fora desse subidão :-)

Todos de volta à seus carros, pegamos o sentido inverso em direção à torre de energia, descemos por onde subimos e rapidinho já estávamos no asfalto. Tinhamos pensado em emendar com Itaipava, mas já eram quase 15 h e a fome era negra. Descemos até o restaurante do Rodrigo (da região) em Barreiras no pé da serra aonde tem uma comidinha caseira agradável e honesta, além de uma cachoeira que, apesar do nível baixo da água, ainda me rendeu um refrescante mergulho.

Luciano e Carol, valeu pela companhia, pela trilha, pela visita ao postinho e pelo Crepe de quinta feira! Espero que vcs tenham tido uma boa impressão dos amigos daqui de cima e que tenham levado consigo o nosso carinho, além de lindas fotos!

Um forte abraço à todos, Bruno Méga

Páscoa em Bagé 2003

Buenas, atendendo apedidos...Foi assim, saímos de Porto Alegre eu a Carol as 19h de quinta-feira em direção a Pelotas para pernoite na casa do Mika e da Roberta. Fizemos uma viagem tranquila onde pude sentir pela primeira vez o J na estrada e comosão suas reações em ultrapassagens e freadas. Chegamos a nosso destino por volta das 22h e fomos jantar um crepe delicioso e tomar uma cerveja acompanhados de nossos anfitriões. Depois de muito papo e comilança era hora de dormir para encarar a estrada novamente no dia seguinte.Na sexta feira santa acordamos cedo e começamos a nos preparar para seguir em direção a Bagé. Lá ficaríamos hospedados na fazenda da família da Roberta. Apesar de levantarmos cedo, saímos apenas por volta das 10h dePelotas, eu e a Carol no J e o Mika e a Roberta de Pálio. Chegamos na Fazenda já perto do almoço de Páscoa depois de 9 km de estrada de terra com muita erosão e lama que judiaram bastante do Palio e exigiram perícia de sua pilota Roberta. a recompensa pelo esforço foi o almoço que teve muito bacalhau, saladas e filés de peixe a milanesa. Depois do almoço farto começamos enfim nossas atividades off road!Com os quatro viajantes no J, pegamos a estrada mais uma vez seguindo em direção ao Rincão do Inferno, um vale rochoso do rio Camaquã que se assemelha muito a um canion. Depois de 70 km de asfalto chegamos a umcaminho de terra de uns 15 a 20 km. A estrada estava bem ruim, com erosões e levava até a porteira de um corredor de servidão que atravessava várias fazendas. Entramos pela porteira e iniciamos nossa trilha pelos campos das fazendas. Paisagens belíssimas nos levaram por caminhos com muitas subidas, descidas e barro. Depois de andar bastante por este corredor chegamos a última porteira que estava trancada. Ali teríamos que deixar o J e seguir a pé até a margem do Rio Camaquã. Fizemos uma caminhada de 20 minutos por caminhos estreitos no mato e pedras gigantescas até chegar a casa de Dona Onélia e seu Aracébio. A história dos dois e porque eles vivem la é muito interessante, mas isso eu deixo pro Mika contar, pois ele sabe mais detalhes.Bem, o Aracébio nos mostrou um caminho fácil para descer até o leito o rio a partir de onde estávamos e lá fomos nós acompanhados pelos cães da propriedade. Depois de mais uns 10 minutos descendo pelas pedras ingremes e pelo meio do mato chegamos ao leito do rio. O volume de água era muito grande, formando grandes corredeiras e uma paisagem belíssima emoldurada por paredões de pedras com coqueiros e mato, não muito comuns aqui pelo sul. A expectativa de banho no rio ficou frustrada por causa do volume excessivo deágua mas o Mika deu um jeito de achar uma cascatinha entre as pedras e se refrescar, enquanto as gurias ficaram descansando numa pedra na beira d´agua e eu explorava as trilhas que seguiam pela margem do rio. Comemos algumas coisinhas, bebemos água e começamos a caminhada de retorno. A Roberta fez manha e dizia que não iria conseguir subir tudo aquilo de volta e o Mika teve que usar a reduzida pra empurrá-la morro acima!Chegamos novamente a casa de nossos conhecidos e nos refrescamos com água fresca do poço. O sol já deitava atrás das pedras e a luz estava diminuindo preocupando a roberta quanto ao caminho de volta pelo mato. Mas nossos anfitriões iriam seguir o mesmo caminho e se ofereceram como guias. Foi fundamental! A noite caiu rápido e nada como conhecer a região para evitar se perder no mato escuro e nas pedras todas parecidas. Chegamos ao j novamente e nos preparamos para o longo caminho de volta. Liguei o GPS e seguimos pela escuridão da noite que só era quebrada pela luz da lua cheia. Alguns animais silvestres como preás e lebres acompanhavam nosso caminho fazendo as vezes aquelas cenas de desenho animado onde o bichinho corredesesperadamente na frente do perigo sem desviar a rota para o lado. Nos divertiamos. A volta foi tranquila necessitando algumas olhadelas no GPS para confirmar onde dobrar e por onde seguir. Muito gado no caminho do jipe fazia-nos parar até que os animais resolvessem dar licença de passagem.Chegamos já tarde de volta a fazenda onde o Mika fez uma rápida instalação do chuveiro elétrico para tomarmos um relaxante banho. Depois disso foi só jantar, tomar um copo de vinho e dormir sem perder tempo pois o cansaço era grande!

Raid da Meia Noite de Bento Gonçalves 2001

Bem, depois de 28 horas de vigília e 16 de sono reconfortante, vamos aos fatos!
Essa prova prometia....noturna, na serra, entrado do inverno, tempo nublado com chuvas esparsas, Niveistein com acessórios novos....Uma receita perfeita para......PROBLEMAS! :o)
E foi o que tivemos, problemas e mais problemas. A prova acabou e começou para nós incontáveis vezes e mesmo assim foi a melhor prova ou trilha que já fiz. ADOREI! (locução de macho da fronteira nestas maiúsculas, por favor! :o) )
Foi assim, o primeiro problema foi com o Compass, inexplicavelmente estragado durante a semana, tive que enviar para a fábrica em SP. Gentilmente, o Estima nos cedeu a sua máquina e pudemos retomar os planos de competir. Instalamos o Compass no Niveistein na sexta de madrugada, para nos prepararmos fisicamente para atravessar a madrugada seguinte na prova. tudo Instalado e testado fomos dormir pelas 3 da manhã de sábado com o frio comendo solto já em Porto Alegre.
No sábado o Chico deveria passar pra me pegar as 18 h, mas como de praxe, chegou as 19 h. Tudo tranqüilo até então e dentro do normal. :o) Levei minha lanterninha de cabeça para a navegação e uma outra com haste flexível para a emergência na planilha, a bateria do 3x4 de reserva, caso o alternador do Niveistein não desse conta do conjunto de faroletes instalados para a prova, o cambão e uma corda para reboque. Já na saída de minha casa o Niveistein começou apresentar problemas estranhos de carburação em alta. O Chico disse que já era um sintoma conhecido mas que havia melhorado antes da passagem da viatura pelo mecânico durante a semana, logo este item havia sido negligenciado.... Grande erro....
Para numa lojinha para trocar o filtro de combustível. Fizemos o reparo na calçada a luz de candeeiro, ou quase isso.... :o)
Demos partida e os sintomas prosseguiam.....Resolvemos levar a um mecânico para desmontar o carburador e resolver a situação, depois de muito rodar pelos caminhos complicados das obras de Poa chegamos ao mecânico que nunca esteve mais de algumas quadras do nosso alcance mas sempre com uma norma de trânsito de distância.... :o) Como diriam alguns Niveiros: Viva o PT! Mas isso é outro papo....
Chegamos na oficina e um camburão da Brigada Militar ocupava o lugar de conserto, ficamos aguardando pacientemente o final do serviço para darmos "baixa " no Niveistein....A esta altura resolvi dar início aos trabalhos de navegação, programando do Compass com a planilha pega na internet, já que a prova iniciaria a meia noite e já eram mais de 20:30 e ainda estávamos em Poa.
O diagnóstico mostrou que o Nivestein não é adepto de revestimentos de cuba de carburador a álcool em sua dieta e em represália entupiu os esguichos, que por sinal estavam invertidos....Uma solução rápida foi providenciada e pudemos finalmente nos lançar ao asfalto em direção a serra gaúcha.
Já eram mais de 21 h quando entramos na estrada para uma viagem tranqüila. Tomamos um refri acompanhados de salgadinhos do noivado de minha irmã com o irmão da minha namorada, que ocorria sem a minha presença! Prioridades são prioridades! :o)
Quase na chegada de Bento o Chico nota alguma coisa estranha.....outra..... O sensor do Compass parecia ter parado....Como o equipamento vinha desligado para economizar bateria, religuei o mesmo para testar e...NADA! Nem uma marcaçãozinha!!!!! Seguimos meio perdidos até o local da largada para investigar melhor a situação, rezando para que fosse apenas um problema de acoplamento do sensor...
Chegamos na ExpoBento, local da largada por volta das 22:30h e fomos verificar o problema do Compass....cabo do velocímetro quebrado! Putz! Acabou a prova!
Procuro o pessoal da inscrição para pedir ajuda e descubro que este local não é o mesmo da largada! Aliás, é bem longe! Mas eles já estão vindo para cá....porque encerraram as inscrições.....
Bem, vamos por partes, vocês conhecem alguma autopeças que possa nos ajudar? Precisamos de um cabo de velocímetro novo!
Qual o jipe de vocês?
Um Niva.....
Niva? Acho difícil......
Mas o cabo de é de passat! :o)
Bom, pode ser.....vai lá no Rinaldi.
Sim, mas onde?
Ali, saindo da Fenavinho.
Sim, mas onde exatamente?
Dobra a esquerda na sadia e depois a direita lá embaixo e é logo em seguida!
Ahhhhhh........tá........eu acho.......
Iríamos descobrir que informações não é definitivamente o ponto forte dos Bento Gonçalvinos, ou será Gonçalvinhos? :o)
Fomos atrás da auto peças e com mais algumas informações chegamos e ao local. O dono da loja foi extremamente atencioso e nos atendeu prontamente. Começamos a operação troca cabo mais uma vez no meio da calçada e sob a luz de lanterninhas de planilha.....
Nisso o Chico descobre que esqueceu o tapete de borracha do Niva na Expobento, pois havia colocado no chão para deitar em baixo do Niva....Seria a primeira de muitas perdas daquela noite.....
Colocado o cabo, testado o equipamento voltamos para o local de largada, mas antes paramos para abastecer....Coisa simples.....será?
Terminado o abastecimento vem o Ruphental, carro N 1, nos pedir ajuda, sua Pagerinho estava com problemas nos 4 faroletes. Fomos ajudar e fuçamos em tudo que foi possível. Com o multiteste víamos que havia energia chegando em todos os faroletes, que todos estavam bons e que nenhum funcionava!
Resolvemos testar o aterramento do quebra mato onde os faroletes estavam instalados e descobrimos que o quebra mato estava com 12V!
Tentamos resolver o problema mas nada deu certo e já eram 23:30h! Falei para o Chico que precisamos fazer a inscrição e a aferição do Compass e saímos, ou melhor tentamos..... O Chico havia deixado os faróis acesos e o Niva negava-se a pegar....tentamos empurrar e nada....já no meio da rua resolvemos fazer uma ponte com minha bateria que estava de reserva no porta malas, o que deu certo. Ufa!
Fomos para a Expobento mais uma vez e na entrada um guarda examinava os documentos de um CJ....a fila aumentando, o transito engarrafando e o seu guarda ali, olhando placa, IPVA.....no meio do portão....Finalmente liberou o cara e nós fomos entrando quando a autoridade veio nos cobrar os faróis acessos, explicamos que estavam apagados para economizar bateria, e ele perguntou assintosamente:
Agora vão querer andar sem farol de noite, é?
Eu, que estava incrivelmente calmo até aquela hora, respondi no mesmo tom:
Não, só o tempo que ficamos esperando no meio enquanto tu trancava o trânsito!
O Chico, foi arrancando devagarinho enquanto o seu guarda me olhava com olhos vermelhos e falando umas palavrinhas apaziguadoras....
Chegamos para fazer a inscrição! Pegamos os adesivos, camisetas e a planilha. Tudo pronto? Que nada, faltava aferir o Compass para a prova. Peguei a planilha de aferição e fomos embora novamente! Comecei a seguir planilha ao contrario, pois estávamos no ponto final da aferição e quando tudo ia bem chegamos numa rua de mão única! Tentamos desviar mas era impossível retornar ao percurso. Saímos então a caça do ponto de início da planilha. Rodamos um pouco e pedimos informações algumas vezes até achar o local.
Era um posto onde seria o neutro da noite e a chegada. Comecei a mexer no Compass, sem o manual, para programar a largada, já que este equipamento era diferente do meio para isto....tentei várias vezes até que desisti deixando nosso horário de largada com estranhos 10 minutos de diferença da hora correta.
Demos inicio a aferição, tudo indo bem até que o equipamento dispara o primeiro trecho da planilha e corrige o odômetro, tento parar a máquina mas não tem jeito....para ela a prova havia começado!
Deixo a aferição como estava, afinal estava praticamente zerada até ali e vamos para a largada pela terceira vez. Chegamos na Expobento as 00:15h e passamos por alguns jipes que já estavam largando.
Estacionamos esperando nossa vez e saiu a cata de alguém com equipamento igual ao nosso para me explicar o procedimento de largada. Acho um jipe com Compass 99 e peço ajuda, havia feito tudo certo, mas os 10 minutos de diferença não procediam até que o piloto do outro jipe mata a charada, por algum motivo, o Compass já estava somando o tempo do primeiro deslocamento no tempo de largada....Tudo pronto, vou atrás de um banheiro para tirar a água do joelho e nada! Menos de 5 minutos pra largar e aquela sensação horrível, ainda mais no frio! Acho um cantinho escuro sem ninguém e me alivio! :o)
Volto pro carro, chamo o Chico, ponho o capacete, sento no Nivestein e olho no relógio 00:39 h. Nosso horário de largada? 00:41 h!!!!!
É isso! Lá vamos nós! Largamos e, por mais incrível que pareça, não errei a primeira referencia! :o)
Seguíamos tranqüilos a planilha quando um estranho cheiro de embreagem queimada tomou o ar num neutro depois de uma subida forte. O Chico jurava que não tinha usado embreagem na subida, logo não sabíamos o que poderia ser....Seguimos a prova levantando a questão do cheiro poder ser dos faroletes. E eram....resolvemos então economizar este item, usando apenas quando necessário. Passados pouco minutos de prova, com tudo indo certinho apesar da forte neblina nos deparamos com um engarrafamento enorme! Praticamente todos os jipes do raid em fila numa pirambeira esperando para passar num obstáculo. Poucos conseguiam superam a forte subida cheia de lama e buracos sozinhos necessitando assim da ajuda da organização.
Perdemos uns 20 minutos neste ponto até retornarmos a prova. Quando estávamos no tempo novamente tivemos um probleminha, caímos num buraco e ficamos realmente presos. A roda dianteira direita havia sumido na vegetação do lado da estrada e a traseira esquerda estava no ar.....
Tentamos tirar o Niveistein da enrascada de todas as formas. No motor não ia, pois duas rodas estavam no ar, hi lift não tinha onde colocar e guincho com hi lift era a solução ao nosso alcance. Tentamos com a cinta mas não tinha árvore para ancoragem, peguei então minha corda e começamos a operação. Quando chego mais perto para ver o progresso do trabalho me deparo com meu piloto macaqueando arduamente o hi lift.....com o gancho do Niva ancorando o pé do mesmo e a cinta presa na outra extremidade....DA MESMA PEÇA!!!!!
Calmamente, ressaltei erro do meu piloto e desistimos da tentativa. Fomos então tentar a mesma idéia na traseira do Niva. Quando estávamos quase iniciando a operação o som musical de um escapamento aberto de CJ ecoa na noite!
Grito pro Chico: Junta tudo e prepara a cinta pra nos puxarem! Fui buscar a corda que havia ficado amarrada na árvore na tentativa pela frente enquanto o Chico guardava o hi lift. Quando o jipe chegou atrás de nós já estava com a cinta esticada acenando e o Chico com o ré engatada pronto para agir! Precisamos de vários trancos do CJ para sair do buraco, o que nos mostrou que iríamos dormir ali se o cara não aparecesse. Estávamos 20 minutos atrasados e a prova havia acabado para nós, de novo! :o)
Fomos embora recuperando o tempo perdido quando possível, pois correr de noite ao lado de abismos é muita emoção para nossa equipe. Conseguimos recuperar o tempo mais uma vez quando surgiu um subida com pedras soltas grandes e muita lama no caminho. A síndrome de subidas se abateu sobre a equipe e não conseguimos passar. Desci e comecei a tirar as pedras maiores do caminho e balançar o Niveistein para os lados na busca de tração. Não resolveu....tomado por uma forte decisão de não ser vencido por outro subida da serra gaúcha, o Chico disse para eu me afastar e meteu com os dois pés! Veio subindo e saltando e eu correndo atrás gritando: Não pára! Não Para!
Vencemos o obstáculo mas o Niveistein sofreu avarias. Parecia ser a homocinética interna que pedia clemência no silêncio da madrugada. Uma rápida olhada mostrava uma fumacinha saindo da mesma, indicando o aumento de temperatura da mesma provocado pelos estragos. Sem ter o que fazer, seguimos em frente com o Niveistein gemendo pela noite. Estranhamente, em terreno plano o barulho parou e só iria se manifestar novamente em subidas mais acentuadas.
Novamente saímos em busca dos minutos perdidos. Erramos o trajeto por eu folhear duas páginas juntas da planilha e nos perdemos um pouco. Conseguimos achar o caminho novamente e fomos subindo em trilhos de trem, atravessando um túnel pelos trilhos, cruzando riachos e um rio. Tudo ia bem e o tempo estava finalmente zerado quando surge um Engesa atravessado numa subida. O Engesa havia batido na lateral de rocha da trilha e amassado o para choque contra o pneu o que o impedia de manobrar, pois o volante não alinhava e para trás havia um perau.
Por sinal, enquanto tentávamos resgatar o Engesa um dos tripulantes do mesmo caiu no perau cerca de 4 m! Por sorte não se machucou e pudemos resgatá-lo rapidamente apesar da escuridão.
Depois de várias tentativas com o hi lift conseguimos desentortar um pouco o para choque para o Engesa prosseguir. Estávamos novamente 25 minutos e para nosso azar havia um PC no final daquela subida.
Continuamos nossa eterna busca dos minutos perdidos. Logo em seguida viria o merecido descanso do neutro da noite. Paramos no posto em Bento, demos aquela desaguada, comemos alguma coisa e bebemos uma coca-cola pra acordar. O frio batia forte a esta altura, já eram quase 5 horas da manhã e ainda restavam pelo menos 2 horas de prova. Verificado o local da nova largada, embarcamos e seguimos pela planilha. Novas emoções estavam reservadas para esta etapa da prova. A primeira foi o próprio Niveistein a demostrar novamente sinais de intoxicação alimentar. Começamos a perder força rapidamente até o motor apagou no final de uma subidinha em curva. Para piorar, o motor de arranque mostrou o mesmo problema de 3 Coroas e não dava sinal de vida....Tentei empurrar, mas sozinho nem mexia o Niveistein, o Chico desceu para ajudar e fizemos a curva que da início a uma descida. Quando o Niva começou embalar, saltamos para dentro e o Chico fez pegar no tranco. Fomos indo mantendo a viatura acelerada até que mesmo parado e com o pé no fundo o motor começou a morrer, foi morrendo até apagou inapelavelmente.....
Eu o Chico nos olhamos com aquela expressão já característica: Acabou a prova.....
Ambos olhamos para frente, para a escuridão da noite só iluminada pela luzinha vermelha da bateria no painel indicando o falecimento do russinho. Respiramos fundo e o Chico bateu a chave, o motor pegou e roncou alto! Estava curado! Seguimos, mais uma vez atrasados, mas dessa vez nem tanto! :o)
Logo passamos por um PC e começamos uma subida com um cotovelo no meio. Depois do cotovelo o Chico perdeu o controle e nos atravessamos no trilho cheio de lama. O motor a pagou e não houve jeito de religá-lo. Tentamos empurrar o Niva morro abaixo mas conseguimos passar apenas um eixo pelo trilho de lama, o pneu dianteiro direito ficou bem encaixado no trilho, ficando impossível de mover o Niva entre 2 apenas. Depois de 5 minutos de tentativas o PC que havíamos passado vem em nossa direção com uma S10 com pneu original. Nem conseguiu fazer o cotovelo, ficou atolado ali mesmo. Pelo menos tínhamos mais braços para ajudar. Empurramos o Niva morro abaixo e o Chico conseguiu fazer pegar de novo no tranco. Com alguma dificuldade, conseguiu colocar o Niveistein no trilho novamente e fomos socorrer a S10 do PC, A carregamos por uns 150 m até um local mais plano e fomos embora.
Dei a notícia para o Chico que havíamos perdido o espelho da sinaleira traseira....mais uma perda....
Seguimos com um belo visual. Estávamos acima das nuvens que refletiam a lua cheia e a impressão que tínhamos é que estávamos andando num penhasco em pleno litoral com um oceano abaixo de nós! Indescritível! Quando começou a amanhecer encontramos dois poços de lama seguidos com muita gente reunida para assistir a passagem dos jipes. Atravessamos o primeiro e entramos com vontade no segundo que parecia mais complicado....Atolamos! Imediatamente trouxeram uma cinta para nos tirar...Soubemos mais tarde que o obstáculo na verdade era apenas o primeiro poço, o segundo deveria ter sido abortado por estar impossível de passar, mas alguns engraçadinhos acharam melhor ficar olhando os jipes entrar no poço justamente do local do aborto, fazendo com que todo mundo entrasse direto na lama....Deu uma confusão com a organização.....mas isso foi o de menos para nós....Perdemos apenas uns 3 minutos, o que aquelas alturas já não tinha a menor importância.
Quando saímos do poço percebi que minha lanterna de cabeça estava desligada, fucei um pouco nela e cheguei a conclusão que as pilhas haviam acabado. ainda bem que já tinha luz natural suficiente para ler a planilha e não precisei trocar as pilhas da lanterna.
Agora faltava muito pouco para acabar a prova, começamos uma série de laços, passando várias vezes pelo mesmo local até que erramos uma entradinha, como havíamos apenas entrado errado numa das 3 opções existentes o Chico deu ré com vontade. Era uma descida com muito barro e o Niva deslizou para o lado indo direto numa árvore! Quase ficamos presos na encosta, mas conseguimos sair para frente. Nova tentativa e o mesmo aconteceu, mas desta vez sem a batida na árvore. Já nervoso, o Chico acelerou para frente e batemos noutra árvore mais abaixo. Mais nervoso ainda o Chico rangeu os dentes e acelerou morro acima disposto a passar pela árvore danada por bem ou por mal! Ele conseguiu desviar da árvore mas não o suficiente para permanecer com seu espelhinho....mais outra perda.... Com a seqüência de batidas, descobrimos pelo menos que o para choque original do Niva é mais forte que o de ferro que Chico colocou na traseira! :o)
Seguimos então para o local de chegada onde um café farto e merecido nos esperava. Aguardamos o resultado ansiosos! O Chico deu uma dormida e eu fiquei andando no meio do pessoal, ouvindo as estórias...Quando saiu a passagem dos PC's já fiquei meio desanimado. Não aparecíamos em 5 PC's! Na prova de 3 Coroas, em que abandonamos faltando 1:30 h de prova perdemos 5 PC's e nessa que fomos até o final iríamos pior!
Começou a premiação e pelo menos ganhamos um troféu para a estante: 10º lugar....
ficamos meio frustados, pois apesar de termos andado bastante atrasados durante a prova, muita gente nem acabou e não nos perdemos feio em nenhum momento da prova. Ficou a dúvida como perdemos 5 PC's....Acho que nossa inscrição última hora teve influência determinante na nossa classificação. Se tivéssemos nos inscrito antes, teríamos direito a largar mais ou menos em 32, devido ao nosso 7º lugar em Gravataí, mas como largamos em 40 e chegamos a ficar 25 minutos atrasados, acho que alguns PC's já haviam fechado quando passamos, imaginando que não tinha mais ninguém....Sei lá....
Mas foi isso, valeu Chico, cuida bem do Niveistein que ele tá precisando, coitado.
Valeu, Estima! Sem o equipamento não teríamos nem ido.
Até a próxima, agora de dia!

Expedição Estrada do Inferno II

Caborteiros em geral:
É isso aí! Cá estamos nós mais uma vez. Nem tão sujos quanto da última, mas bem cansados é verdade. Mais uma expedição foi completada com sucesso e desta vez temos até filme pra comprovar nossas peripécias 4 x 4.Apertem os cintos de reboque, preparem as manilhas que vamos começar!Esta expedição começou bem antes do grupo de Porto Alegre partir. Enquanto eu trabalhava na sexta feira contando as horas para pegar a estrada a turma de Canguçu/Pelotas já estava na estrada, enfrentando desafios e "criando" suas próprias dificuldades. Por volta das 5:30 da tarde sexta, o Rui me ligou dizendo que tinha uma missão impossível: comprar um rolamento e um retentor de roda traseira para o Niva do Ildo que estava em Tavares com uma roda suspensa do chão na oficina do Ben-Hur. Como tinha poucas coisas para fazer antes da viagem como carregar o Niva, arrumar minha mochila, vedar o distribuidor, completar o óleo, abastecer e pegar meus Zequinhas pela cidade, fiquei calmo com a situação.Cheguei em casa e rapidamente liguei para o santo protetor dos Niveiros, Seu Dirceu. Como ele estava mais calmo do que eu tivemos uma longa conversa de onde conseguir um rolamento aquela altura dos acontecimentos. Por volta das 18:15, ele me passou o telefone de uma loja onde poderia encontrar aspeças solicitadas, se já não estivesse fechada. Com a benção de todos os santos jipeiros consegui o rolamento ficando pendente apenas o retentor.Como eu tinha um usado em casa e em trilha se usa o que tem, empacotei este mesmo e dei a tarefa por concluída as 19:00. Deixo aqui o agradecimento público ao meu pai que foi buscar o rolamento na loja.Bem, carregado o Niva e tudo o mais, fui para o ponto de encontro para a largada do comboio. Lá já estavam todas as motos com seus respectivos pilotos: Alex, Ricardo, Rafael, Charles, Roger e Alexandre, a Hilux do "Seu Careca", apoio das motos e chegava pela segunda vez o JPX do Mika e da Roberta, nossa "guarda (e perde :-) ) volumes da viagem.Largamos de lá por volta das 10 horas parando para o abastecimento e saindo definitivamente em direção ao nosso objetivo as 10:30. Seguimos pela estrada de Viamão onde pegamos o último elemento do grupo: Nei o fotógrafo. A viagem até Mostardas foi tranquila, com muita neblina na estrada e papo no radinho Talk About.Excelente oportunidade para falar mal do Mika que com seu equipamento sofisticado, de úlitma geração no JPX conseguia escutar tudo que falávamos mas não podia transmitir, por que nossos radinhos não tinham capacidade de decifrar suas ondas eletromagnéticas.Por volta da 1:30 da madrugada chegamos em Mostardas onde rapidamente encontramos o hotel sinalizado por uma carreta carregada de Willys e alguns outros jipes espalhados na volta. Pelo que víamos alí teríamos umcongestionamento na Estrada do Inferno!Acordamos sábado bem cedo e começamos os preparativos para a saída. Depois de um farto café da manhã arranquei na frente do comboio em direção a Tavares onde o Ildo anciosamente nos esperava. Lá chegando fomos recebidos com muito entusiasmo pelo pessoal vindo de Canguçu/Pelotas.Com o Niva do Ildo concertado, partimos em direção a praia. Estradinha de terra com alguma água e um pouco de areia molhada mais próximo do mar foi o que encontramos. Sem muitas dificuldades seguimos pela orla até a altura do acesso à Lagoa do Peixe que havíamos utilizado na semana passada. Entramos por lá para conhecer e decobrimos finalmente uma laminha. O nível da lagoa estava bem mais baixo do que na passada fazendo surgir pontos de atoleiro escondidos pela vegetação. Mas não tão escondidos....Logo que entramos nas margens da lagoa eu seguia atrás da Hilux, com calma, apreciando a paisagem. De repente a Hilux passou por atoleiro brabo mas como eu vinha logo em seguida e sem embalo, fiquei! Fiquei bem encostadinho no chão aliás! Chamei o pessoal pelo rádio e começamos a diversão. Primeiro tentamos empurrar o Niva - nem se mexeu. Estiquei o guincho e prendi no JPX. Quando voltava para o carro percebi uma situação estranha: todo mundo se auto flagelando com tapas. logo percebi que estávamos no meio da maior nuvem de mosquitos que já vi. Pensando que iria sair rápido daquela situação, entrei no carro e ativei o guincho - nada!Tá preso mesmo! Bom, vamos usar a patesca do Rui então. Coloquei a patesca, só que para isso precisei desenrolar todo o cabo do carretel. Quando voltei para o carro e tentei esticar o cabo que estava sobrando no chão tive uma surpresa: o guincho não funcionava. Fiquei assustado pensando se tinha queimado o guincho na tentiva anterior ou tinha acabado a bateria ou sei lá o que. Pensando um pouquinho imaginei ser problema no botão do painel e fui apanhar o controle do guincho no porta malas acompanhado pela minha centena particular de mosquitos, é claro. Quando voltava para a frente do Niva com o controle da mão vi uma cena que funcionou como repelente naquele momento: o Mika, cançado de ficar dentro do JPX com ar condicionado ligado e vendo seus companehiros se debaterem com aqueles insetinhos havia tentado me rebocar pelo guincho o cabo haviapartido no ponto de fixação no carretel.Agradeci seu companheirismo e o convidei a participar da "festa" conosco. :-)Estavamos agora divididos em três frentes de trabalho: a primeira tentava concertar o cabo do guincho, a segunda tentava desatolar a Toyota Hilux que havia atolado na tentativa de voltar para praia e a terceira quedesesperadamente procurava o repelente no porta malas. Depois de umas 25 picadas per capita, conseguimos fixar novamente o cabo e patescar o Niva para fora do atoleiro. Nos dirigimos então para a Hilux quemesmo com trenzinho do Niva do Ildo e do Willys não saia do lugar. Colocamos então outra cinta de reboque na camionete e eu puxei com o Niva junto com o trenzinho formado. Finalmente ela saiu e nós, desesperadamente e praticamente anêmicos abandonamos os domínios da lagoa.Já na praia, o grupo decidiu se dividir: a turma de Canguçu, atrás de mais emoções e os motoqueiros foram passear pelos lados da lagoa e o JPX, a Hilux e eu seguimos pela praia até o farol caído, onde esperaríamos o resto do grupo para o almoço.No caminho para farol meu navegador Júlio tentou "pescar" nosso almoço de graça numa rede de pesca. Quando ele já estava com o peixe na mão, viu dois sujeitos nada satisfeitos correndo pela praia na sua direção. Sem muita cerimonia ele entrou pingando no Niva e tocamos em frente sem almoço mas dando boas risadas! Quando chegamos perto dos dois sujeitos dissemos que estávamos apenas tirando umas fotos de recordação. Obviamente eles acreditaram e até disseram: Vão ficar muito bonitas estas fotos com o cara pelado e um peixe na mão! Seguimos mais uns quilometros até encontrarmos outro pescador pelo caminho.Dessa vez preferimos comprar o peixe e assim foi feito. Almoço do pessoal garantido tocamos até o ponto de encontro. Chegando no Farol fizemos uma sessão de fotos e fomos providenciar as condições paraassar o peixe. Seu Careca, Nei e Júlio fizeram espetos de bambu (na beira da praia?) e grelha de vergalhão de aço. Eu, Mika e Roberta perferimos fazer nossa massinha ao molho de queijo. Gabriel, meu zequinha filmador optou por comer de tudo!Quando o "sushi" já estava quase no ponto (pois não assou muito bem), o pessoal chegou. Comeram assim mesmo e elogiaram os Chefs. Como já era 16:30 saímos rapidamente em direção a São José. Rodamos rápido pela praia numa média de 80 Km/h. Quando o sol começou a se por eu, que ía na frente sem ninguém no retrovisor resolvi esperar o resto do comboio. Depois de uns 15 ou 20 minutos passou o pessoal de Canguçu, a Hilux e 4 motos. Faltavam Mika e duas motos. Esperamos mais 10 minutos e nada. Já preocupados pensamos em voltar até que surgiu um moto no horizonte. mais uns 5 minutos e chegava Alex para dar as notícias. A moto dele estava com um pneu furado, problemas elétricos e superaquecimento. Completamos a água do radiador dele e mandamos seguir em frente. Logo em seguida apareciam o Mika e o Ricardo que estavamacessorando o Alex.Seguimos por mais alguns pouocs quilômetros, completando a água até que na altura do barco encalhado na praia a moto do Alex foi de vez. Mandamos dois motoqueiros buscar o resto do comboio que iríamos acampar ali mesmo, pois já estava escuro. Depois de um tempo, eles voltaram dizendo que o pessoal estava em Praia do Mar Grosso a uns 7 quilômetros dali e iria acampar lá. Teríamos então que rebocar a moto até lá. Tentamos primeiro com o Niva e uma cinta, mas logo vimos que seria muito complicado. A solução então foi empurrar a moto com outras duas, uma de cada lado até o local para pernoite.Tudo correu bem nesse trajeto e conseguimos chegar ao balneário por volta da 19:00. Armamos acampamento no pátio de uma casa na beira da praia. Ficamos assim protegidos do vento que a noite mostraria sua força em algumas rajadas.Depois de um reenergizante banho frio e de muitos pastéis de camarão o pessoal estava pronto para descansar do primeiro dia. Domingo. Acordamos cedo e começamos a organizar a bagunça para partir. Depois de uma sessão de fotos na praia com direito a formação e tudo mais, nos despedimos dos amigos de Canguçu que voltariam para casa e seguimos nosso rumo até São José do Norte. Depois de abastecermos e descobrirmosnovos problemas com as motos, que precisavam de uma borracharia, o grupo se dividiu novamente. Eu e o Mika fomos até os molhes e o resto do comboio foi para a borracharia. Na volta dos molhes, dois motoqueiros nos aguardavam para indicar que grupo já havia seguido pela estrada. Fomos em frente, entrando finalmente na estrada do inferno. O trecho entre São José e Bojuru estava extremamente fácil. Uma verdadeira estrada de terra. Avançamos sem dificuldade até começarmos a encontrar os integrantes da expedição. Como saímos de São José por volta das 11:30 da manhã, a fome já estava batendo. Ficamos sabendo que o pessoal da frente docomboio já estava parado para almoço numa "quermece" na igreja local. Estavam na fila para o churrasco!Logo em seguida chegamos ao local. Novamente, sem muita preocupação a tripulação do JPX e do Niva preferiu fazer o próprio rango. Comemos risoto com ovos cozidos, acompanhados de milho e ervilha. Foi um almoço relaxante..."Lavada" a louça seguimos viagem agora com a proteção da simpatia de Charles e Alexandre que colocaram os escafandros para espantar a chuva. Funcionou! Não caiu uma gota de chuva no trajeto. A partir deste ponto a estrada começou a piorar, mas continuava bastante leve. A partir de Bojuru as coisas melhoraram um pouquinho, mas como não chovia a uma semana só encontramos areia e algumas poças de lama ocasionais.Seguimos assim até Mostardas. Com alguns tombos de motoqueiros neste trajeto, mas sem registros fotográficos. Tivemos paradas ocasionais para colocar calços de borracha na carroceria do JPX que havia quebrado os apoios da mesma no início da estrada. No mais, só o incomodo de dirigir com as rodas desbalencedas pela lama ainda grudada da Lagoa do Peixe nas rodas, o que fazia com que o Niva trepidasse inteiro.Chegamos em Mostardas por volta das 19:30 e resolvemos levantar acampamento e seguir para Porto Alegre. Depois de alguns percalços com a chave da Kombi que estava segura no porta luvas do JPX, embora a Roberta negue isso até a morte :-), partimos. Chegamos em POA por volta das 12:00 e dormimos felizesmais uma vez. Cansados novamente mas já planejando a próxima aventura: Rio Grande - Chui.Quem se habilita?Abraços a todos que participaram, foi uma ótima expedição!
Luciano Duarte Niva 91 - Porto Alegre Niva Clube do Rio Grande do Sul

Expedição Estrada do Inferno I

Buenas,
Voltamos! Cá estamos todos sãos e salvos. Histórias mil para contar, fotos dezenas para mostrar e um sorriso aberto para lembrar....
Quem foi curtiu, quem ficou está se mordendo, mas como jipeiro é uma raça masoquista por natureza, não vou deixar de relatar os fatos!
Saímos quinta feira de Porto Alegre, pontualmente as 22:15, praticamente no horário previsto, 20:30!
Liderando o comboio íam o Flávio, a Adriana, o Cleber e a namorada no Niva branco, logo atrás íam o Rafael e a Renata com a Toyota Azul "Calcinha" e fechando a fila Luciano, Carol, Marcelo e Ronald no Niva bordo.
Antes da saída da Tia Zefa, apareceu o Gustavo recitando palavras proféticas com a segunda via da chave do Niva Galo Véio na mão: Toma que tu vai precisar! Não é que ele estava certo!!!!!
Partimos para a primeira parada, no osto Ipiranga da Agronomia. Abastecimento, calibragem de pneus, um óleo aqui, uma água ali e finalmente as 23:00 horas de quinta feira botamos a roda na estrada.
A viagem até Mostardas foi tranquila e sem incidentes, com muita chuva em alguns trechos, mostrando a diversão que teríamos pela frente.
Chegamos por volta das 2 da madrugada no hotel Scheffer em Mostardas. Demos "bom dia" para o dono e nos acomodamos para um merecido descanso antes de dar início aos trabalhos propriamente ditos.
Acordamos cedo na sexta feira santa e, depois de um bom café com muito sol e chuva alternados e ao mesmo tempo, abastecimos os veículos e saímos em direção a praia. Com céu nublado e algumas chuviscadas, umas até bem fortes, avançamos pela orla até o farol de Mostardas. Parada estratégica para fotos, muitas fotos!!!
Voltamos para a praia e seguimos por aí até a um acesso à Lagoa do Peixe. Depois de nos informarmos devidamente onde atravessar a mesma, seguimos até o local indicado pelos "nativos". Passando por cima de uma lama rasa e desalojando dezenas de carangueijos, entramos na lagoa e a atravessamos com água no para-lamas do Niva. Tudo certo e mais uma paradinha para fotos ilustrativas da aventura.
A partir da lagoa seguimos por uma estradinha até o asfalto da BR 101 de onde iríamos para Tavares reabastecer novamente e partir finalmente para estrada do inferno. No caminho encontramos um aventureiro mais aventureiro do que nós: um ciclista nipoamericano que estava pelando a dois anos vindo do Canadá! É mole! Detalhe importante: ele estava com o boné do Grêmio Football Porto Alegrense! Nota-se porque ele chegou até aqui.
Abastecidos até os gurgumilhos, saímos de Tavares e pegamos 10 Km de asfalto antes de começar a brincadeira. Nesse trecho, sabe-se lá porque, tem uns 200 metros de lama braba entre um asfalto e outro. Na passada desatolamos uma Saveiro que estava "atascada" até a porta no barro preto. nada que um tranquinho de Toyota não desse jeito.
Logo em seguida entramos na "nossa" lama e assim fomos: reduzidos, bloqueados e tracionados, desvendando os mistérios escondidos no caldeirão do inferno.
A estrada estava completamente enlameada, com muita água, mas em nenhuma vez tivemos dificuldades em passar os obstáculos. Por volta das 13 horas paramos para o almoço. Montamos acampamento na beira da estrada no bosque de pinheiros. Como a chuva era imprevisível, apesar do céu momentaneamente azul, estacamos uma lona entre os Niva e demos início aos trabalhos culinários.
Depois de um estupendo almoço recolhemos todos os apetrechos e seguimos viagem. Logo em seguida, resolvemos deixar a estrada do inferno e seguir um trecho pela Lagoa dos Patos. Assim o fizemos, seguindo também sem muita dificuldade pela margem da Lagoa. Difícil mesmo foi achar uma saída para voltar para o "paraíso". Depois de rodar por algumas fazendas e conversar em alguma língua estranha com os habitantes da região, seguimos as "precisas" indicações dos mesmos e achamos a estrada infernal onde encontrava-se a igreja Universal, como nos havia explicado nosso informante. Aleluia, irmãos!
Com um cheiro doce, de plástico queimando seguimos nosso caminho investigando as possibilidades do odor que insistia em nos acompanhar. Depois de horas de investigação minuciosa nos componentes eletricos do Niva bordô nosso "atento " Zequinha Ronald percebeu que a fumaça que atrapalhava sua visão e prejudicava sua respiração vinha da lampada do porta-malas instalada ao seu lado. A lâmpada estava ligada e, como as demais peças do Niva, era superdimensionada para seu receptáculo, o que acbou derretendo o mesmo além de queimar o casaco do Zequinha Marcelo que encobria a lâmpada.
A noite já começava a cair e resolvemos acelerar o passo até Bojuru. Comigo na frente e com o Marcelo de navegador tomamos atitude de rally e pisamos fundo. Voavamos pelos lamaçais, espalhando água por onde passávamos e deixando os passarinhos atônitos com nosso desempenho. Ao cair da tarde chegamos em Bojuru. Tentamos o hotel da cidade e tivemos uma surpresa: estava lotado! Sem pouso saímos em busca do CTG da cidade onde nos informaram que poderíamos passar a noite. Mais uma das profecias de Pai Gustavo começava a tomar corpo...
No CTG não encontramos niguém, nem os cavalos. Partimos então a procura do capataz que morava "logo ali atrás". Depois de várias tentativas das mais diversas formas de comunicação com os estranhos habitantes do possível lar do capataz desistimos e voltamos já na escuridão total para os veículos. Esta etapa foi fácil pois o arranque da Toyota havia "dado um tempo" e por isso o Rafael a deixou ligada o que nos guiou sem vasclios até o comboio. Cabe dizer que tivemos que dar uma puxadinha na Toyota para a mesma ligar quando do ocorrido. Mas a vingança da Toyota seria cruel...Depois de ter sido puxada em duas trilhas seguidas pelo destemido Niva Galo Véio!
Sem muitas alternativas e já meio nervosos com a situação seguimos o Rafael que havia dado como altrenativa seguir pela praia até um local propício para camping. Ledo engano. Bastou entrar na pria para sentir o perigo que corríamos. A areia estava completamente molhada, sendo muito difícil o avanço. Segunda reduzida em alto giro era a escolha e uma névoa impedindo a visão além de poucos metros mostram a situação em que nos encontrávamos. Logo em seguida nos deparamos com um rio cortando a praia. Eu e o Rafael, que fazíamos uma parede de luz para o Flávio que estava sem faroletes paramos. Quando descemos dos veículos para confabular percebemos a robada em que háviamos nos metido. Os pés afundavam na areia molhada grundando "quiném" chiclete. Depois de trocar uma ou duas idéias absurdas do tipo: vamos temtar ir até o farol de Estreito e dormir lá...decidimos sensatamemte voltar para a Bojuru, pegar a BR e acampar onde desse nesse trecho. Demos a volta e encontramos os rastros da vinda. Com oito olhos bem abertos, eu, a Carol e meus dois zequinhas guiamos o comboi pelos "nossos trilhos" de ída. Achamos a saída da praia no beru total e voltamos para a estrada de acesso a Bojuru. No meio do caminho, com a ajuda de Deus, nos perdemos!
Nos perdemos e achamos algumas árvores num campo limpo perfeito para o acampamento. Sem pestanejar fizemos um semicírculo com as viaturas para barrar o vento e montamos acampamento. Barracas armadas, era hora da bóia. Uma massa coletiva com molho de queijo e presunto picada acalmou os nervos do pessoal e botou todo mundo para dormir o sono dos inocentes.
Novo dia, nova vida. Acordamos num lugar muito bonito com cavalos, caturritas e quero-queros nos saudando. Café da manhã rápido e pé na estrada, ou melhor, roda na lama. Voltamos a Bojuru e reabastecemos. Na cidade encontramos outro comboio que vinha de Mostardas pela estrada do rincão. Com o tempo curto, resolvemos fazer este caminho para chegar ao farol de Cristóvão Pereira. E assim fomos, voltando pela lama da BR até Tavares e cruzando com tartarugas desavisadas na margem da estrada. Em Tavares, reabastecemos os veículos e a nós. Recomendo a Pizzaria Azul duas quadras depois do posto BR de Tavares em direção a Mostardas. Comemos até dizer chega, pois embora o serviço no cardápio fosse ala carte, o serviço na mesa era de café colonial. Pagamos 5 reais por pessoa e saímos rolando do lugar.
Pegamos então o caminho para o Rincão. Estradinha fácil, sem grandes problemas. Depois de chegar no Rincão, seguimos com novas informações para o Farol de Cristóvão Pereira. Depois de algumas quebradas erradas aqui e acolá, nos perdemos num bosque de pinheiros já próximo a lagoa onde achamos um emissário dos céus em céu cavalo cinza. Nos apontando o caminho e perguntando se nossos carros "puxavam nas 4" o gaúcho caborteiro seguiu sua cavalgada. Os jipeiros caborteiros seguiram as instruções e avistaram a lagoa e logo em seguida o tão esperado Farol.
O sol começava a deitar no horizonte e tocamos em frente. Eu ía na frente desbravando o caminho e desavisadamente caí num fundão numa das entradas na lagoa. O capo não chegou a submergir, mas os danos virião a seguir. Chamado pelo rádio pelo Flávio, paramos para uma completada de fluido de freio no Niva branco que vinha com a luz acesa no painel a algum tempo. Quando fomos avançar o Niva bordo não ligou mais apresentando vários sintomas de "banho frio". Tive aparentemente um curto circuito, pois ao dar o arranque o alarme ligava. Ao tirar o fusível do alarme, nada acontecia com o arranque, pois não havia mais bateria. Uma puxadinha e o Niva pegou, continuamos então até o farol onde uma deslumbrante paisagem nos aguardava. Fotos, banho para os mais "guasca": Luciano, Carol, Rafael e rRenata e problemas! O Niva agora não pegava mais nem no tranco. Reboque de Niva branco até o local do acampamento e era isso por hoje. Amanhã vemos!
Montamos as barracas e preparamos a janta, com direito a fogueira, estrelas cadentes, conversa sobre satélites artificiais e por aí afora.
Domingo de manhã. Páscoa! O coelhinho deve ter ficado atolado no caminho, pois além de não ganhar ovinhos, o Niva não quis funcionar. Solução: reboque de Toyota, "a vingança". Nesta parte a profecia 1 de pai Gustavo se concretizava: a chave da ignição do Niva quebrou! Se não tivesse a reserva....
Saímos do farol por volta de 10 da manhã em direção a Mostardas. O Niva branco na frente, a Toyota logo em seguida e eu muito próximo da Toyota! No meio do caminho, tentativa de fazer um cambão com tronco de pinheiro, devido aos trancos da Toyota. Cambão feito seguimos. Andamos 50 metros e na primeira entrada na lagoa a corda que amarrava o tronco no Niva correu e lá se foi nosso trabalho. Tinha até ficado bonitinho!
Decimos trocar um dos dois cabos cabos de aço que estávamos usando antes para o reboque pela corda do Rafael. Sendo mais elástica, os trancos ficaram mais amenos, amenizando o sofrindo do piloto do Niva Galo Véio, que estava com o coração na mão.
Tudo corria bem com o reboque até que um tronco apareceu na frente da Toyota, que já conhecendo estes obstáculos literalmente de outros carnavais, passou incólume pelo mesmo, deixando-o para o indefeso Niva. Bem feito, tomou um trancão! O Niva estaqueio na mesma hora quando viu o tronco. Descemos e começamos a cavar para desenterrar o "gravetinho" de 1,5 m de comprimento e 25 cm de diâmetro que insistia em segura o Niva pela balança da suspensão dianteira. Retirado o tronco, alguns tranquinhos para desatolar e vamos embora. Chegamos em Mostardas as 14 horas. Acordamos um eletricista gentilmente indicado por um jipeiro local. (Eles estão com um jipe clube novo lá e nos passaram o telefone para contato) Defeitos independentes e concomitantes no alternador e na ignição eletrônica detectados deixamos a bateria carregando fomos almoçar, passar uma água no chassis e calibrar os pneus. Com o Nivão funcionando de novo seguimos nosso caminho de volta para Porto Alegre. Chegamos sem mais incidentes as 19 horas, cansados, sujos e felizes. Mais uma vez cumprimos nosso objetivo. Todos que foram, voltaram. Quem ficou com inveja: semana que vem tem mais!
Agradecimento especial ao Rafael e ao Flávio pelo reboque e pelo companheirismo.

[]'s de alma "enlameada"
Luciano Duarte Niva 91 - Porto Alegre Niva Clube do Rio Grande do Sul



Bueno,
se foram.
Luciano e Carol, mais dois guris faceiros no banco de trás, levando bagagem para 2 meses (coitado do Niverick, nunca sofreu sobrecarga antes...), Flávio e Adriana + casal de amigos no Nivinha Branca de Neve, recém saído do gordo Henrique (fazendo 7,5 km/l na cidade, mentira Terta?) e Rafael e Renata na Toya loooonga.
Quando Luciano e sua trupe viram o tamanho do porta-malas da Toyota, e o espaço disponível do mesmo, que ia sem banco traseiro, resolveram colocar o Niva lá dentro.:-)
Sugerimos que o Flávio também esvaziasse seu porta-malas lá, mas este, impávido, sem mexer um só músculo do rosto, retrucou:
-Meu Nivinha dá conta do recado.
Dez horas, uma hora e meia atrasados, resolveram partir.
Alguns de tão bem arrumados, pareciam que iam à missa, mal sabem o que os espera.
Rapidamente se despediram, embarcaram nos jipes e saíram, buzinando e acenando, o Niva Bordeaux do Luciano, o branco do Flávio, a Toyota do Rafael, e tcham-tcham-tcham: o Niva vermelho, Rui e Miriam!
Os dois sérios, corados, concentrados, fingindo que participavam do comboio, buzinando e acenando mais que o Barrichello antes da corrida.:-)
Cena de cinema!
E o pior que os que ficaram, comentavam: legal, vão em quatro jipes!
Eu, que logo vi que tratava-se de um engano, tratei logo de desfazê-lo, informando aos presentes que na verdade só os três primeiros saíam de viagem.
Fiz mal, Rui?
(Lá vem bomba)
Fui!!!
[]´s off-road,
Gustavo R. Heck Camper 4.1 92 POA Jipenet-RS

Carnaval em Candelária 2001

740 km rodados em 4 dias. 95 litros de gasolina. 15 litros de água. 10 litros de refrigerante. Asfalto, estradas de terra, trilhas com erosões, rios, lama, grutas, pontes históricas, cachoeiras, frutas exóticas e muito mais. Foi uma expedição completa, que incluiu trechos de trilha a pé e de jipe, leves e difíceis. Muita emoção e adrenalina. Morros com mais de 560 metros de altura. Vistas fascinantes.


Partida: no primeiro plano o 3x4, no segundo o Stanislau com Miriam, Rui e
Luciano, ao fundo o Submarino com Rosi e Fábio.
Neste carnaval, a turma do Niva Clube do Rio Grande do Sul, composta por Fabio e Rosi no Submarino (Niva 95), Luciano e Carol no 3x4 (Niva 90) e Rui e Miriam no Stanislau (Niva 91) decidiram fazer o contrario do que a maioria faz. Ao invés de ir pular carnaval ou desfilar na avenida, fomos nos meter no meio da natureza para desbravar o desconhecido e interagir com o planeta que nos acolhe.

Subida do Cerro Botucaraí. Tá achando íngreme? É mais!!!!
Saímos de Porto Alegre no sábado pela manhã. Nos encontramos no posto do Laçador as 9:30 h e seguimos em direção à Candelária. Chegamos ao nosso destino por volta das 12:30 h, quando um almoço típico interiorano já nos esperava. Almoçamos arroz com galinha caipira e salada de batata regado a cerveja da Colônia, descansamos um pouco e lá pelas 14:30 h já saiamos em direção ao morro Botucaraí.

Topo do morro. Dá pra ver looooonnnnggggeeeee!
O morro Botucaraí teve esse nome a partir da palavra Ibiti Caraí, que para os índios significava Morro Santo, o que já mostra o certo misticismo que tem o lugar. O morro tem 570 m de altura, sendo considerado o pico isolado mais alto do RS. Chegamos a base do mesmo de jipe e a partir dali seria a pé. Uma subida forte, bem íngreme e cansativa. Mas a vista do alto realmente valia a pena. Destaque aqui para a Pedra da Coragem. Uma pedra distante 1 m do Morro, onde pode-se pular em cima dela, mas a queda em todos os lados é da altura do morro inteiro.



Aqueduto: História sobre pedras.
No domingo fomos ver alguns pontos históricos da cidade. Começamos pelo Aqueduto. Uma construção de 1870 com 304 metros de comprimento e 79 arcos, construída para escoamento de água.



Ponte do Império: Construção sólida!
Depois fomos para a Ponte do Império, construída em 1879. Uma ponte de pedra, muito bonita, que passa por cima do Rio Passa Sete.



Ponte Pencil: Se pode balançar, porque ser fixa?
Vimos também a Calçada, que é um calçamento da mesma época feito sobre o morro em frente a ponte, para facilitar o transporte de Erva-mate pela serra. No alto deste morro, destaque para a Pedra da Índia, onde se pode admirar uma magnifica vista do Vale do Rio Pardo. Após, fomos para a Fenda. É uma rachadura na pedra, com cerca de 70 cm a 1 m de largura e uns 20 m de comprimento, como uma caverna. E com morcegos! O detalhe é que só descobrimos os morcegos depois de entrar até o fundo da fenda no escuro e daí sim ascender a lanterna. Aí teve gente correndo e muita emoção! Principalmente, quando o Rui tentou conversar com um dos inquilinos do lugar mas este acordou meio mal humorado....


Calçada: e você reclama do calçamento de hoje, né?

Refeitos do susto, fomos almoçar e a tarde iniciamos a procura da Gruta do Quilombo. Esta gruta fica localizada na vila do Quilombo, com esta denominação pois ali existira um quilombo antigamente. É uma gruta muito grande, da para colocar mais de 6 jipes lá dentro sem problemas. O problema seria encontrar a trilha que leva de jipe até a gruta, pois eu só conhecia a que ía a pé. Fomos então explorar as estradas e entradas. Após muita subida de morro, a estrada começou a ficar ruim. Sinal que estávamos perto. Até um local onde foi necessário pararmos para retirar pedras do meio da trilha, pois não era possível ultrapassa-las. Força, empurra, puxa, e tiramos 3 pedrões do meio do caminho. E seguimos pelo barro. Agora complicou. Chegamos a uma trifurcação. Optamos pela esquerda. Mais uns metros e outra trifurcação. Agora era mais complicado. Já estávamos passando do local. Então optamos pela direita. Fui na frente. Era um subidão com barro. Só que bloqueado e reduzido, chegou um trecho onde o carro começou a patinar e sair de lado. Paramos e resolvemos caminhar para ver se seria por ali, pois o penhasco ao lado não era convidativo.



Interior da Gruta do Quilombo. Formação estranha, não?

Achamos uma casa no caminho da esquerda, que nos indicou que o caminho correto seria ter pego, na primeira trifurcação, o caminho da esquerda. Voltamos então para lá. E ali tinha outra subidinha embarrada e íngreme. Mas nesta conseguimos subir sem problemas. Mas, como não poderia deixar de ser, 500 m adiante, outra trifurcação. Agora com duas subidas bem difíceis e uma descida com bois. Pela nossa localização, o caminho correto parecia ser a descida, mas, por causa dos bois nela, tivemos que deixar os jipes ali e seguir a pé para verificar o caminho. Uns 500 m abaixo e lá estava a gruta. Era bem grande. E bonita. Batemos algumas fotos, e voltamos aos jipes para pegar o "atalho" de volta. O atalho seria uma descida por um outro caminho, que passava através de plantações e na borda dos morros.

Olha o 3x4 se exibindo aí!
Fomos lá então. O caminho com erosões e mato alto, mais alto que a frente do Niva. Mal dava para ver onde estávamos andando. Os outros pensavam, "onde será que ele (Fábio) esta nos enfiando??". E o caminho não melhorava nem um pouquinho. Cada vez pior com mais erosões. Mas eu tinha certeza que o caminho era aquele. Descidas e mais descidas, erosões e mais erosões, até que lá embaixo avistamos a estrada de terra que nos levaria de volta para casa.



Caminhos desconhecidos....



O mais difícil é enfrentar o desconhecido, mesmo que pareça fácil!

Cascatas! Precisa dizer alguma coisa?

Confraternização com o pessoal do Jipe Clube Candelária. Valeu!


O pessoal tava mesmo afim dum banho refrescante!


Vista do sítio de hospedagem. Ao fundo à direita o Botucaraí.


As vezes tem que molhar os pezinhos....


Sábado: Subida ao Botucarai
Domingo: Aqueduto, Ponte do Império, Pedra da Índia, Fenda, Gruta do Quilombo e trilha do Quilombo
Segunda: trilha do Passa Sete e Vale das Cascatas
Terça: Morro da Linha do Rio e Trilha da Varzea do Rio Pardo.

Carnaval Uruguai 2002

Resgatando a antiga tradição dos relatos, aí vai o do nosso Carnaval. O lugar escolhido foi o Uruguai. Infelizmente, tivemos que ir de 4x2 pois todo o grupo está desfalcado: eu e a Carol vendemos o Niva mas estou perto de anunciar a nova viatura, o Rui e a Miriam estão colocando diesel no Niva, o Mika e a Roberta estão trocando o motor do JPX por um 2.8 Sprint e o Demian e Tammy estavam sem dinheiro depois de viajar 2000 km de Niva em Janeiro. Sendo assim, nosso grupo de 8 pessoas se dividiu num Corsa, num Pálio e numa Caravan. Saímos sábado de manhã de Porto Alegre com destino a Pelotas, onde encontramoso Mika. Seguimos então até o Chui onde fizemos algumas comprinhas como os muito úteis radinhos tipo FRS e almoçamos numa autêntica parrijada Uruguaya. Dali seguimos em frente e fixamos nossa base no Parque Santa Teresa. Montamos acampamento um pouco antes do por do sol e da chuva fina que caiu para amenizaro calor. Destaques para as proezas de nosso amigo Mika que estava impossível neste dia querendo entrar sem identidade no Uruguai, problema resolvido secretamente por sua esposa Roberta..., e deixando a chave trancada dentro do carro, problema resolvido pelo gatuno Rui Scherer... Depois destas fortes emoções, tentativas de contactar o seguro chaveiro via orelhão uruguaio e uma ou duas garrafas de Nortena fomos à janta onde degustamos saborosos entrecot uruguaio com mais Nortena, papas fritas e ensalada russa. No domingo, visitamos as redondezas do Parque, que incluem o Forte de Santa Teresa, a Laguna Negra e o próprio Parque com suas mais de 5 praias, 10 km de extensão e inúmeras atrações. Teve muita caminhada, alguma escalada em rocha nabeira da praia e contato com a naturaleza. O parque tem um Invernáculo e um Sombráculo maravilhosos, onde pode se ver grande parte da flora da região com espécimes muito interessantes e diferentes do que estamos habituados. Aproveitamos o final do dia para comprar carne para o churrasco da noite. Este estava maravilhoso, segundo os presentes e segundo o modesto assador que escreve este relato! :o) A carne uruguaia realmente é inigualável tanto em macies quanto em sabor. Com muitas estrelas no céu, admirando a claridade daVia Láctea e o som das ondas na praia, fomos dormir, aguardando o próximo dia que seria o da programação mais aguardada. Na segunda feira levantamos temprano e logo após o desajuno nos dirigimos a Aguas Dulces, de onde partem as expedições para Cabo Polônio, o refúgio dos Leões Marinhos. Depois de nos refestelarmos entre tantos 4x4 e 6x6 disponíveis pelas operadoras para realizar a expedição, escolhemos um Reu 6x6 e embarcamos rumo ao nosso destino. O trajeto nem é tão complicado assim, lembrando bastante a estrada do inferno, mas bem mais curto. Cerca de 7 km entre o embarque e o desembarque, o problema é que somente as operadoras podem percorrer esta distância, não sendo permitido o ingresso de veículos particulares. Cabo Polônio é realmente diferente, não exatamente o que esperávamos, mas interessante. Os leões marinhos estavam nas ilhas próximas e pudemos vê-los apenas por binóculos, o farol estava fechado e haviam muitos animais mortos nas pedras impregnando o ar com um aroma um tanto desagradável. Destaque para o almoço a beira mar com filé de peixe e busnetas de algas, típicos da região. Muito saboroso. Retornamos para onde deixamos os carros no mesmo Reu 6x6 que sofreu em alguns pontos de areia mais fofa. Como ainda era cedo, seguimos La Pedrera, mais ao sul. Lugar lindíssimo, com muitas formações rochosas que condizem com o nome do lugar. Os restos de um navio encalhado e as piscinas naturais nas rochas são os atrativos do lugar. Dali seguimos para Punta del Diablo, já retornado a nossa base. Outro lugar com muitas formações rochosas na beira do mar e um movimento intenso de balneário da moda. Muitas fotos, banho de mar para alguns, escalada em rocha para outros e sombra para todos! O calor estava demais! Voltamos ao acampamento direto para o banheiro dos banhos quentes, pois o próximo as barracas tinha somente banho frio. A noite, uma massa coletiva recarregou as energias e colocou todo mundo nos sacos de dormir com um friozinho aconchegante. Na terça o pessoal pegou a estrada e retornou para seus lares, mas eu e a Carol aproveitamos para visitar Punta del Leste. Passamos o dia percorrendo suas praias e atrações como a escultura da mão na areia, o farol, a Marina e os bairros chiques com suas mansões. Aproveitamos e fomos até Punta Ballenas conhecer a Casapueblo, mas o ingresso salgado fez com que nos satisfizéssemos apenas com as fotos do exterior da mesma. Mais fotos e caminhadas pela praia de onde se avista toda a baia de Punta del leste ao fundo e o retorno pelo litoral. Seguindo o GPS, escolhemos vir pelas praias ao invés da Ruta 9 e pudemos ver um pouco mais da beleza daquela costa totalmente recortada e sempre rochosa. No final do dia, banho quente e sopa de feijão para um sono revitalizador. Na quarta retornamos a Porto Alegre, mas não sem antes parar para mais umas comprinhas no Chui! :o) Era isso pessoal, aos nosso companheiros de viagem, nossos agradecimentos pela companhia e até a próxima!

Começando!

Olá!
A idéia do Brapezona é reunir uma série de textos, relatos de viagem, informações interessantes sobre esportes como vela, triatlon, bicicleta, canoagem e escalada além de algumas crônicas que gostaria de compartilhar com quem tiver interesse ou apenas comigo mesmo.
No início vou colocar alguns materiais que já tenho guardado e espero com o tempo poder postar conteúdo novo e atualizado.